Sempre no final e início de ano podemos constatar a grande quantidade de notícias envolvendo acidentes de trânsito, tanto por brigas quanto por imprudência...
Existem dois tipos de acidentes de trânsito: os evitáveis e os inevitáveis.
O acidente evitável é aquele em que o motorista deixou de fazer tudo o que, razoavelmente, poderia ter feito para evitar o acidente;
O acidente inevitável é aquele em que se esgotam todas as medidas para impedi-lo, tornando o acidente inevitável de acontecer;
Normalmente as pessoas se perguntam quem é o culpado, onde a pergunta correta é "quem poderia ter evitado o acidente".
Uma das maiores causas de acidentes chama-se CONDUTOR DO VEÍCULO!
Pesquisas apontam que 75% dos acidentes foram causados por falha humana (condutor) e 12% por causas diversas, ou seja, podemos dizer que o homem, direta ou indiretamente, é responsável por 93% dos acidentes.
Entre as principais causas para as tragédias, estão:
• Imprudência dos condutores;
• Excesso de velocidade;
• Desrespeito à sinalização;
• Ingestão de bebidas alcoólicas;
• Ultrapassagens indevidas;
• Má visibilidade (chuva, neblina, cerração, noite);
• Falta de atenção;
• Defeitos nas vias;
• Falta de manutenção dos veículos;
• Distração interna do condutor (rádio, passageiro, celular, objetos soltos no interior do veículo);
• Ação evasiva inadequada diante a um fator adverso (buracos, veículo parado, animais na pista etc);
• Técnica inadequada ao dirigir o veículo (não observar os espelhos retrovisores)
• Avaliação errada da distância e velocidade de outro veículo, tanto no mesmo sentido ("andar na cola") como em sentido contrário;
• Falta de cortesia no trânsito;
• Não obediência das normas de circulação e conduta (tanto para condutores quanto para pedestres);
• Falta de conhecimento e obediência das leis de trânsito (condutores e pedestres);
• Impunidade dos infratores;
• Sensação de poder adquirida do comportamento inadequado ao dirigir;
• Falta de educação para o trânsito;
• Travessia em locais perigosos e fora da faixa ou semáforo;
• Sonolência, falta de descanso, drogas (remédios, psicotrópicos, tranquilizantes etc) e fadiga;
• Brigas no trânsito;
Quando os acidentes não matam, a recuperação é sempre lenta.
"É uma freada na cida. As pessoas andam com tanta pressa e depois precisam frear por um ano, meses. É um minuto que se pensa que se ganha e na verdade se perde com uma imprudência", fala a neurocientista Lúcia Braga, diretora-presidente da Rede Sarah.
Dos pacientes em tratamento na Rede Sarah, vítimas de acidentes de trânsito, a maior parte, 38%, tem entre 20 e 29 anos. O número de jovens que morrem ou sofrem graves sequelas por esse motivo disparou um alerta e há motivos para isso.
Acidentes de trânsito são a segunda causa de morte entre jovens de 18 a 24 anos no Brasil, atrás apenas dos homicídios. No geral, em 2009, o Brasil ocupava o quarto lugar no ranking de acidentes de transporte terrestre na região do Mercosul. Hoje está na segunda colocação. A taxa de mortalidade, que era de 18,3 mortes por cem mil habitantes, subiu para 22,5 mortes no mesmo grupo.
No Sistema Único de Saúde (SUS), o reflexo do problema: em 2013, foram 170.805 mil internações por acidentes de trânsito, mais da metade envolve motociclistas - R$ 231 milhões foram usados no atendimento às vítimas.
Outro fator importantíssimo são as brigas e desentendimentos no trânsito.
Só em São Paulo, o disque 190 da Polícia Militar recebe por dia, em média, 400 registros. Seria maior não fosse o medo.
Especialistas em trânsito dizem que a relação do brasileiro com o carro tem a ver com status e poder. Dominar o veículo, as ruas, impedir ultrapassagens são formas de exibição. Da combinação de problemas em casa, no trabalho e de um trânsito caótico pode nascer a violência.
Portanto, fique atento a partir de agora e sempre dirija com cuidado e paciência, dirija para você e para os outros, faça a sua parte e sempre se lembre que há alguém o esperando voltar pra casa.
Fontes: Bom Dia Brasil, Portal do Trânsito Brasileiro, Jornal Hoje.